domingo, 22 de janeiro de 2012

(Oiço.Sinto.Partilho): R7, boa noite, até amanhã. have a "wonderful night"!

(Leio. Sinto): it's never too late to learn! thanks (and f***) life for teaching me!

“One of the hardest things to teach a child is that the truth is more important than the consequences.” 
- O. A. Battista

(Escrevo): "Conto que não é Conto" (II)


Apenas... Palavras?

Era capaz de jurar a pés juntos que não foi mais do que um piscar de olhos entre a eternidade e o fim. Foi assim, sem mais nem menos. Escrever é a liberdade de sentir e viver os meus sonhos. Porque é assim que tudo começa. Ou acaba... Num piscar de olhos! O coração salta e não sabe o que sente. Bate e rebate, soluça, mexe, remexe, balança da esquerda para a direita e em sentido contrário, cambaleando como um relógio ancorado em mim. E eu, sozinho, nesta consulta interior.
E recomeço.
E a mão, que procura a caneta e os dedos para nela e no papel se entrelaçarem, tenta adornar escritos, frases. Não necessariamente com sentido, mas que apaguem ou afaguem a memória.
Vou desarrumando o passado e despenteando o presente e escrevo porque me apetece implodir, retalhar a construção das palavras, as frases e as pontuações, os parágrafos imensos.
Emaranho os meus sentimentos com recordações das coisas. Coisas tão minhas, coisas tão próprias, coisas da vida, com tanta vida.
E delicio-me com o silêncio. Deixo que o cansaço se esvaia no tom amarelado dos sorrisos que me rodeiam.
Assim como o silêncio é tecido de subtis sonoridades, também a escrita é tecida de luminosos silêncios. E tudo o que disser ,ou não, estará sempre em segundo plano, por mais que me esforce, ou não, por dizê-lo. Porque as palavras pouco mais são do que fracos ecos de outros ecos, de tudo o que só poderá ser dito uma e outra e, ainda, outra vez.
Escreverei sempre, mesmo que nenhuma voz se levante e aplauda. Escreverei o que sinto, o que vivo, mesmo que o significado apenas esteja dentro de mim. Escreverei até que as minhas forças não mais existam, mesmo que nada signifique para quem com os olhos passe por estas malditas palavras dentro de mim.
Malditas palavras que não me dão descanso, que de nada valem, que de nada me servem. Malditas palavras às quais estou preso. Das quais não me consigo livrar.
Maldito seja eu, preso a palavras ditas, a palavras sentidas, situações espelhadas em palavras vividas, no silêncio do meu caminho.          
E, somente a Lua ficou, para me olhar distante, tentando descobrir se aguentaria uma noite mais, de solidão, de palavras.

Gonçalo Nunes

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

(Escrevo): "Conto que não é Conto" (I)

Apenas... Palavras!

“Quero palavras. Apenas palavras. Não poemas. Quero prosas, contos. De imaginação nascidos. De emoção forrados”.
Naquele dia, este fora o desafio proposto. “E agora!?”, questionei. “Agora amanha-te”, respondi. Escreve todas as palavras que te assaltarem a mente e não hesites em prendê-las no papel se sentires que te tentam fugir.
Mata todos os espaços em branco, afogando-os em rios de tinta preta até deslumbrares algumas letras confusas, boiando nas tuas folhas. Beija as tuas palavras enquanto o teu coração segura a caneta na boca.
Resolvi escrever umas letras na expectativa que se unissem e dessem algum sentido a uma frase. Esgoto-me em tentativas. Tento escrever, tento dizer. Lê-se. Aquilo que escrevo lê-se. Apenas. Naturalmente, não sou escritor.
Vai-se lendo como uma receita médica passada pelo senhor doutor de Medicina Interna, com aqueles hieróglifos ilegíveis, que nem o senhor João da farmácia entende.
Vai-se escrevendo como um anúncio de jornal, com um sorriso enorme que me atravessa a face e não como um Eça de óculo no olho direito e um bigode que se retorce enquanto lança letras e frases subtis, mas relampejantes, um verdadeiro senhor doutor das Letras.
Dores... sinto-as e já nem suspiro de tanta agonia. Não sei por onde começar, não percebo como fazer, mas aqui estou, sozinho, em frente ao computador. Perco-me por entre palavra, somente palavras.
Teclas e mais teclas que se rebaixam no conforto dos meus dedos, recriando pensamentos que surgem fortuitos no ecrã. Palavras que se escrevem e que se apagam sem deixar rasto, sem memória de terem um dia existido. Encontros e desencontros. Palavras que voltam pra serem lidas e sentidas. Folhas em branco que carregam em si a memória de páginas soltas. Palavras que por mim deslizam, concentrando-se nas pontas dos dedos ansiosos por derramar escrita de sentires, num caudal silencioso, mas pleno de emoções.
Por fim, um conjunto de palavras. Desconexas, vazias de sentido, sem direção. Não é um conto, nem sequer uma história. São, apenas traços, pinceladas. Não tenho ritmo de escrita. Não tenho tempo, nem jeito.
E eu preocupado com a falta de pontuação, as vírgulas no seu lugar. Calma... talvez ninguém leia isto.

Viro uma página.
Gonçalo Nunes

sábado, 7 de janeiro de 2012

(Leio.Sinto): And the winner is... WOODY ALLEN (once again)

“In my next life I want to live my life backwards. You start out dead and get that out of the way. Then you wake up in an old people's home feeling better every day. You get kicked out for being too healthy, go collect your pension, and then when you start work, you get a gold watch and a party on your first day. You work for 40 years until you're young enough to enjoy your retirement. You party, drink alcohol, and are generally promiscuous, then you are ready for high school. You then go to primary school, you become a kid, you play. You have no responsibilities, you become a baby until you are born. And then you spend your last 9 months floating in luxurious spa-like conditions with central heating and room service on tap, larger quarters every day and then Voila! You finish off as an orgasm!” 
- Woody Allen

(Oiço.Sinto.Partilho): Time!

(Leio.Sinto): But now, now i lost you!...

“When I looked at you, my life made sense. Even the bad things made sense. They were necessary to make you possible.” 
- Jonathan Safran Foer

(Leio.Sinto): This is, almost, my self-portrait!

“I'm selfish, impatient and a little insecure. I make mistakes, I am out of control and at times hard to handle. But if you can't handle me at my worst, then you sure as hell don't deserve me at my best.” 
- Marilyn Monroe

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

(Oiço.Sinto.Partilho): Vou andar e nunca vou correr, para não te perder!

(Leio.Sinto): ...

"Desculpa se te fiz fogo e noite
Sem pedir autorização por escrito
Ao sindicato dos deuses...
Mas não fui eu que te escolhi.
Desculpa se te usei
Como refúgio dos meus sentidos
Pedaço de silêncios perdidos
Que voltei a encontrar em ti..."



- Toranja, A Carta