quarta-feira, 23 de novembro de 2011

(Escrevo): Mais do mesmo (II).

(In)felizmente, tenho com “Ele” aprendido. É estranho. Por um lado, é uma sensação de bem-estar, por pensar que por ter passado por certas situações, no “Amanhã” não cometerei os mesmos erros. Ou não deveria cometer. Por outro, é uma sensação de angústia, de asfixia, de inquietação, de agonia por ter passado por essa mesma situação, por ter aprendido a lição, vivenciando-a, experienciando-a. É por isso que digo “Mais do mesmo…”. Começam a ser aprendizagens que pesam demais. Torna-se exagerada a quantidade de lições que aprendo, passando por elas. Sinto que a balança está desregulada. Deveria ser, supostamente, um peso e duas medidas, mas sinto, neste momento, que é um peso para uma medida. Para uma mesma medida. Mas será possível ser uma medida negativa? Existirão medidas negativas? Aparentemente não, mas recordo que em Física, as forças de atrito assumem uma medida negativa. Aplicando esse conceito da Física, transponho-a para a vida real, para o dia-a-dia. E sim, é possível. Na vida os atritos têm uma carga negativa. O que poderia ser um contra-argumento, seria o facto de “depois da intempérie, da tempestade vir a bonança”. De facto, os atritos, apesar de serem prejudiciais quando discutidos, no final de contas até poderem ser positivos. Mas porque razão teremos que passar por atritos para alcançar a felicidade!? Faz parte, eu sei, mas… Custa! E apesar de não concordar, acabo por me render às evidências: vale mais fazer e arrependermo-nos, a não fazer e arrependermo-nos na mesma. 


Gonçalo Nunes, 2009

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