Uma estranha sensação. Um estranho sentimento. Dúbio. Ambíguo. Serei apenas um? Sim. Ou talvez não!? Clichés do coração. Provavelmente sem razão. Certamente repleto de emoção. Sinto-me preenchido. E ao mesmo tempo não. Vazio. Sinto o calor, o carinho, a presença. E mesmo assim sinto falta de algo mais. Quero. Preciso. Fico imóvel. Frio. Distante.
Entristece-me pensar no todo. No copo. No coração. Prestes a quebrar. A desconjuntar-se. A desfazer-se. Ela. Mas aquece-me pensar nas partes. Nas linhas que se formam pela queda, pela fragmentação. Do copo. Do coração. Nos pequenos fragmentos. Em cada um. Fazem-me lembrar crianças. As crianças que, de mãos dadas, todas juntas à volta da Terra, a mantêm unida. Estável. Preenchida. Eles.
Gonçalo Nunes, 2009.
Dedicado a uma grande (ex) paixão S.S.L.
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